Comum em praticantes de esportes com impactos repetitivos, principalmente os corredores de rua, a Síndrome Compartimental crônica é uma doença musculonervosa com sintomas que frequentemente aparecem durante a prática do exercício físico.
O problema ocasiona um aumento anormal da pressão nos tecidos internos dos compartimentos musculares. Geralmente se manifesta nas panturrilhas e antebraços, causando dor, inchaço e, por vezes, até mesmo limitação funcional nos músculos afetados.
O principal sintoma é a dor na região. Quando aumenta a pressão sobre o compartimento, consequentemente diminui-se o fluxo sanguíneo no local. Além disso, pode ocorrer queimação, sensação de aperto, dormência, formigamento e fraqueza.
Embora seja mais frequente em pessoas com menos de 40 anos de idade, essa condição pode se desenvolver em qualquer idade, podendo ser aguda ou crônica.
Na forma crônica, quando se está em repouso, a pressão do compartimento é normal e praticamente nada se sente. Durante o esporte, no entanto, a pressão sobe, reduzindo o fluxo sanguíneo local com consequente desenvolvimento de sintomas.
O diagnóstico da Síndrome Compartimental é feito a partir dos sintomas e do exame físico, medindo a pressão compartimental, determinando se o indivíduo apresenta ou não essa condição.
Já o tratamento envolve uma intervenção chamada fasciotomia endoscópica, que consiste em uma abertura da fáscia para aliviar a pressão. O músculo é então contido e volta a um tamanho normal.
No tratamento da síndrome crônica, recomenda-se parar com todas as atividades esportivas e retomá-las lentamente após o fim das dores. Se as medidas conservadoras não surtirem efeito, a cirurgia acaba sendo a opção.